12 de ago. de 2012

Se essas paredes falassem- 1º parte

             "  Preservando o passado e construindo o futuro"

Com muita alegria apresento o projeto sobre os casarões de Joinville.Em janeiro recebi de presente o livro: Se essas paredes falassem escrito pela jornalista Maria Cristina Dias.
   Em fevereiro comecei o estudo do livro com os alunos.Irei dividir em partes:
1º Parte:  Mostrei a capa do livro- explorei  e foram  imaginar qual era o conteúdo. Que história será que é relatada ? Redigiram em uma folha.
Dividimos as equipes- foram fazer o resumo para  apresentar para a turma.
        Veja as fotos da primeira parte do projeto. Turmas envolvidas : 7 anos C e D  (E.M professor CAIC Mariano Costa)   8 ano E (E.M Anna Maria Harger). Recebi do poeta e escritor Jorge Stark ( miltextosmil.blogspot.com) um poema sobre os casarões de Joinville.


                                Os casarões

Telhas, tijolos, lustres, escadas, janelas, janelas, janelas...
Quando comecei o inusitado passeio pelas ruas espíritas de Joinville, sequer podia imaginar tantas impressões concretas. Valem duas explicações: as ruas são espíritas pois estou a centenas de quilômetros delas e preferi o teletransporte ao avião. É mais seguro. A outra explicação é que eu procurava fantasmas, onde encontrei sólidas construções que não apenas resistem ao tempo mas, também, o explicam.
Nada é tão certo ou tão incerto quanto a história. Ao olhar os casarões que ainda vivem na cidade, entendo isso melhor. Casas, comércios, clubes. Centenários. De estilos variados e mais variadas emoções. Vidas passaram e passam por eles. Outras passarão. Encontraram mezinhas para suas mazelas na Pharmacia Leão. Hospedaram-se nos confortáveis apartamentos do Hotel Príncipe. Estudaram na Escola Alemã. Encontraram de tudo e mandavam marcar na caderneta da loja Richlin. Compraram carne dos Hagemann.Passaram na frente do castelinho dos Doerffel, da Maison de Joinville, do casarão de Procópio Gomes e se deliciaram com a arquitetura romântica e intimista. Beberam delícias no Café Schwochow. Dançaram no clube, visitaram as casas, curaram-se no hospital, rezaram nos templos, cruzaram as ruas, cresceram e se multiplicaram. Viveram, enfim, nos tempos sem data da cidade.

São nomes e sobrenomes, mulheres e homens, indistintas lembranças de distintas criaturas. As janelas, janelas, janelas são as maiores e melhores testemunhas disso. De dentro para fora ou de fora para dentro, vislumbraram cenas memoráveis com o mesmo garbo que perceberam as mais rotineiras ações. Viram as transformações do seu ponto de vista, verdadeiros observatórios do tempo, e assim filmaram um roteiro precioso chamado vida. A vida da cidade. A vida das pessoas. A vida das coisas. A vida da sociedade. A vida das mudanças - pois mudar é viver.

As janelas, janelas, janelas são a unanimidade inteligente dos casarões. Vejam. Olhem para elas. Aproveitem suas ilustres transparências ou mesmo imaginem aquilo que as cortinas guardam. Algumas janelas parecem óculos, outras espelhos. Algumas mostram nossos antepassados, outras brilham o futuro. Refletem estrelas com a mesma simplicidade que estudam as linhas arquitetônicas das construções, as linhas estéticas da modernidade, as paralelas das ruas, as linhas oblíquas dos habitantes da cidade. Quem não viveu, ouviu falar. Quem ouviu falar, viveu.

Por isso, meu passeio pelas ruas espíritas de Joinville é tão rico, tão virtualmente real, tão proveitoso. Levou-me a uma história que não é a minha, mas ao me colocar dentro dela transformou-me em personagem de um tempo impreciso, um humilde cidadão do tempo. Ainda assim, uma honra, para quem é de fora. Um privilégio para um fantasma.


                                       




                                      Toda imagem é um texto. Comunica uma mensagem.



                                         O livro relata sobre.... ( usaram a imaginação)
                                    Cada equipe estudou um casarão