6 de jul. de 2022

O Diário do Andarilho sem Sombras

                                         

" - Enquanto se anda, se canta.

 -  Enquanto tentamos ganhar a vida , devemos ser felizes. Se  não o tempo passa e quando vemos já é tarde e, não aproveitamos  nada.." ( Joaquim, protagonista do livro )

    

       

 Recebi a doação do escritor e sua  e sua esposa alguns livros para o projeto de leitura.  Li e resolvi   deixar  registrado um   pouco da relato do  livro O Diário do Andarilho   Sem Sombras 

"Quase todos que transitavam por ali se deparavam com o mendigo, mas pareciam não enxergar…” (página 10).

Percebemos que ele queria um olhar um ato de esperança para seguir avante.

Depois da introdução narra a   saga do senhor Joaquim ou ‘Quim’ para os familiares. Filho de agricultores, pobres em Minas Gerais (quase na divisa com a Bahia, conhecido como Cerro Alegre, norte do estado de Minas Gerais).

A família disponha somente de um pedaço de terra que era um sustento para eles .

Quem tem dinheiro consegue ‘manipular’  compraram  o sustento da família, os pais de patrões viraram   funcionários explorados, a mãe adoeceu pela tristeza..  Joaquim sofria em silêncio. Escutava entre os agricultores  sobre uma terra que vendia esperança para todos : São Paulo, ficou dias matutando sobre a possibilidade de ir e como ir? 

Resolve pegar um pau-de-arara( caminhão para o transporte de pessoa que sai de nordeste em direção do sudeste do país, composto por uma lona, as pessoas viajam nestes caminhões). Pelos cálculos  ficava 12 léguas de distâncias, cerca de 80 km de sua casa.

A saída ocorreu com um bilhete à família, para assim não desistir ao  ver o olhar da mãe e a   surra ’ do pai... Uma caminhada de seis horas a pé em um silêncio sepulcral . Distante  ouve um barulho de uma charrete, conseguiu uma carona com o Nhô Jéca, sonhador, que vai para São Paulo para defender o país da guerra (época da 2ª   Guerra Mundial ).

A amizade foi selada durante a caminhada. Nhô Jéca e Quim chegaram até o caminhão, aquele que levaria para o grande sonho da cidade de São  Paulo ..

Ao subir no caminhão percebeu que não seria fácil: vários homens, espaço pequeno, desconforto, pessoas desconhecidas. Uma aventura sofrível de dez dias  e muita provocação . Ocorre uma chacina , entre  tantos  mortos o seu amigo Nhô Jéca  também foi assassinado. Desesperado pula do caminhão  sem chegar ao seu destino.. Sem contar para ninguém sobre sua vida - assume o trabalho de cortador de lenha para um  restaurante  de descendentes italianos, dorme no galpão distante  de todos.   Distante de seus sonhos e de São Paulo  começa seu  processo de  mudança radical de vida.   Escutou entre os funcionários que um homem estava procurando seu filho , que fugiu da cachina, desesperado  foge da cidade, pois sabe que o assassino que dar um fim da vida, para não restarem provas.  Durante a  caminhada vai cada vez mais sendo invisível, passando fome e quase chega a terminar com a vida, em um relato muito emocionante  narra como foi conseguiu sair e dar uma virada em sua vida. 

Encontrou uma luz no fim do túnel, casou, empregado e filho. Tudo estava muito bem até o segundo filho nascer e a mulher adoecer.

Morre a mulher e fica com os filhos pequenos para criar. Resolve mudar de local, tudo lembrava a mulher, vende e inicia nova com os filhos.

 

Os livros  selam amizades , encurtam  caminhos  e nos levam seguir avante . Momento com a família Stempinhaki . Doação dos livros do autor para o projeto .

Siro Stempinhaki  

Nasceu em Cascavel , Paraná

Data de Nascimento:  26 de agosto de 1964

Formação:  Comunicação Social, Letras ;  Pós graduado em Administração Pública

Exerceu a função: Jornalista e  professor universitário 

Frase  que usa: Escrever é viajar a lugares e épocas que somente com a imaginação se pode ir  .

 

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