29 de jan. de 2022

PENHA, CONHECER PARA AMAR E PRESERVAR





Fomos saber mais um pouco do  da riqueza cultural de Penha , Santa Catarina. , o superintendente da Fundação Cultural de Penha, Eduardo Bajara,  O local foi a Casa da Memória  Francisco Amâncio da Costa , que tem a função social de resgatar a memória  do povo e suas Histórias .

  



    

 Na entrada  avisamos a  réplica  da  igreja São João Batista , o bem maior de Penha , todas as conquistas foram nas subidas das escadas  da igreja,     para agradecer ou pedir para suportar as durezas de enfrentar o mar.  A igreja é o bem maior cultural e físico de  Penha,  atualmente foi tombada como  Patrimônio  Cultural   pelo  Estado de Santa Catarina , os responsáveis sempre buscam meios para restaurar e preservar a bela igreja.

    



foto da igreja  2 

Chegamos em um painel  repleto de fotos  de atividades feitas pelos pescadores como :O Mastro de  São  Sebastião ou Puxada do  Mastro  -atividades que os pescadores até hoje fazem com cantos e  distribuição de bolachas e a consertada ( aguardente(  mais fraca para as mulheres beberem. )  . Os registros  foram feitos pelo fotografo Jóy  Cletison, que aborda em seus estudos os  costumes  açorianos . Ficou em exposição em Florianópolis por um  período , agora foi doado  para o povo e para os estudos futuros. 

 




 Caminhamos mais um pouco e avistamos ossos de baleia para nos encantar com  a pesca das baleias, sim! Aqui em Penha.  Nos idos de 1700 a região explorava a caça das baleias , foi até nomeada pelos  portugueses como : Real Baleeira  de São João Batista de Itapocoroy ,  as baleias arpoadas eram puxadas para a praia , em locais denominados "armação" , pois ali se armavam os equipamentos necessários à retirada as partes  a serem utilizadas  Havia duas armações:  para  caçar as baleias, por isso atualmente  Armação de Itapocoroy ( que em guarani  Itapocoroy  - significa  parecido com um muro de pedra). o interessante era que tudo da baleia era aproveitado  o óleo  para iluminação, impermeabilização de navios e barcos, fabricação  de velas, sabões .


Ao lado temos algumas fotos de  Jean-  Batiste Debret , pintor, desenhista, decorador, e professor de francês. Veio para  o Brasil por convite  de  Dom João VI .


                           A Festa do Divino  contem uma vasta biblioteca sobre esta Festa Tradicional 

Passamos  conhecer  o espaço da Festa do Divino Espirito Santo  com um amplo acervo , segundo o senhor  Eduardo Bajara, a festa foi trazida pelos portugueses no século XVIII  à enseada de Itapocoroy , hoje pertence a Penha . A  Festa do Divino conta a a participação das cidades de : Navegantes, Piçarras e Itajaí. 

)  

 Ocorre uma missa para o envio da  casal imperial com  cantos e muita alegria., desde o dia da  envio  o casal  imperial , em parceria com a Associação Cultural e Assistencial do Divino Espirito Santo e a  Paróquia de Nossa de Penha , com apoio sempre da Prefeitura de Penha. O grande dia da Festa do Divino ocorre sempre no dia da Festa De Pentecostes ou 50 dias após a Páscoa . 

Entramos no  mundo da  Casa Típica  Antiga dos Pescadores -  busca sempre reavivar a memória dos que passam , vimos calendários antigos, vitrolas, disco de vinil, quadros antigos, mimeógrafo, banheira de alumínio  ( usam para a família tomar banho , o primeiro tinha a água limpinha , o último a água  já estava turva,o tamanco de madeira, baú   e roupas de pescadores., essas roupas seguiam o estilo açoriano : Calça social dobrada, cachecol e  chinelos .  A Velha máquina de costura que consertava as roupas  ou sendo o divertimento das  crianças em fazer da roda e  dos  pedais um ótimo carrinho. 



 A Biblioteca foi uma homenagem ao professor de violão( vitima de covid, ano passado ) Levava canto e alegria nas escolas 
A  máquina   de costura que  quando a mae deixa livre.... motivo de alegria para as crianças.
pilão para socar café e do outro lado poderia socar o que a família priorizava 
 

               Porta talher, avental  bordados pelas mães 

 Para nossa alegria !!!! Saboreamos a  "Consertada"  sabe e o que é? Os pescadores tomavam  cachaça para espantar o frio e aquecer para enfrentar  o mar, as mulheres resolveram fazer para elas algo mais  ameno, na  Consertada elas colocavam  cachaça com água , cravo, canela, e outras ervas .  Hummm!! Delicia. 

Tivemos a honra de sermos convidados para participar da  Procissão do Mastro de  São  Sebastião .  Contarei na próxima postagem nossa  participação  da procissão de Mastro de São Sebastião.