
" - Enquanto se anda, se canta.
- Enquanto tentamos ganhar a vida , devemos ser felizes. Se não o tempo passa e quando vemos já é tarde e, não aproveitamos nada.." ( Joaquim, protagonista do livro )
Recebi a doação do escritor e sua e sua esposa alguns livros para o projeto de leitura. Li e resolvi deixar registrado um pouco da relato do livro O Diário do Andarilho Sem Sombras
"Quase todos que
transitavam por ali se deparavam com o mendigo, mas pareciam não
enxergar…” (página 10).
Percebemos que ele queria um
olhar um ato de esperança para seguir avante.
Depois da introdução narra a saga do senhor Joaquim ou ‘Quim’ para os familiares.
Filho de agricultores, pobres em Minas Gerais (quase na divisa com a
Bahia, conhecido como Cerro Alegre, norte do estado de Minas Gerais).
A
família disponha somente de um pedaço de terra que era um sustento
para eles .
Quem
tem dinheiro consegue ‘manipular’ compraram o sustento da
família, os pais de patrões viraram funcionários
explorados, a mãe adoeceu pela tristeza.. Joaquim sofria em silêncio. Escutava entre os agricultores sobre uma terra que vendia esperança para todos : São Paulo, ficou dias matutando sobre a possibilidade de ir e como ir?
Resolve pegar um pau-de-arara( caminhão para o transporte de pessoa que sai de nordeste em direção
do sudeste do país, composto por uma lona, as pessoas viajam nestes
caminhões). Pelos cálculos ficava 12 léguas de
distâncias, cerca de 80 km de sua casa.
A saída ocorreu com um bilhete
à família, para assim não desistir ao ver o olhar da mãe e a surra ’ do
pai... Uma caminhada de seis horas a pé em um silêncio sepulcral . Distante ouve um barulho de uma
charrete, conseguiu uma carona com o Nhô Jéca, sonhador, que vai
para São Paulo para defender o país da guerra (época da 2ª Guerra Mundial ).
A amizade foi selada durante a
caminhada. Nhô Jéca e Quim chegaram até o caminhão, aquele que levaria para o grande sonho da cidade de São Paulo ..
Ao subir no caminhão percebeu
que não seria fácil: vários homens, espaço pequeno, desconforto,
pessoas desconhecidas. Uma aventura sofrível de dez dias e muita provocação . Ocorre uma chacina , entre tantos mortos o seu amigo Nhô Jéca também foi assassinado. Desesperado pula do caminhão sem chegar ao seu destino.. Sem contar para ninguém sobre sua vida - assume o trabalho de cortador de lenha para um restaurante de descendentes italianos, dorme no galpão distante de todos. Distante de seus sonhos e de São Paulo começa seu processo de mudança radical de vida. Escutou entre os funcionários que um homem estava procurando seu filho , que fugiu da cachina, desesperado foge da cidade, pois sabe que o assassino que dar um fim da vida, para não restarem provas. Durante a caminhada vai cada vez mais sendo invisível, passando fome e quase chega a terminar com a vida, em um relato muito emocionante narra como foi conseguiu sair e dar uma virada em sua vida.
Encontrou uma luz no fim do
túnel, casou, empregado e filho. Tudo estava muito bem até o
segundo filho nascer e a mulher adoecer.
Morre a mulher e fica com os
filhos pequenos para criar. Resolve mudar de local, tudo lembrava a
mulher, vende e inicia nova com os filhos.
Os livros selam amizades , encurtam caminhos e nos levam seguir avante . Momento com a família Stempinhaki . Doação dos livros do autor para o projeto .
Siro Stempinhaki
Nasceu em Cascavel , Paraná
Data de Nascimento: 26 de agosto de 1964
Formação: Comunicação Social, Letras ; Pós graduado em Administração Pública
Exerceu a função: Jornalista e professor universitário
Frase que usa: Escrever é viajar a lugares e épocas que somente com a imaginação se pode ir .